Eu estou disposta a experimentar essa moda e aposto que muitas de vocês também. Acho chique, sempre achei chique quando via estrelas como Marilyn Monroe e Sophia Loren usando véus (trançados no pescoço e combinados com óculos escuros) no cinema.
Por isso, concordo que a moda tradicional dos véus usados peloas mulheres islâmicas pode ser fashion sim. Moda essa, é importante dizer, símbolo machista para muitas feministas. Mas ao invés de rasgá-los ou queimá-los em praça pública, uma estilista belga mostrou, na última Semana de Moda de Paris, que eles tem muito estilo e glamour.
Depois dessa dica, dá até vontade de sair por aí usando veús de todos as cores e estampas. Que tal, vamos reinventar o uso do véu islâmico? Ah, e antes que eu me esqueça: abaixo o preconceito!
bjs
Veja a matéria da BBC:
Uma estilista belga está ganhando reconhecimento internacional com uma coleção de véus islâmicos feitos para a mulher moderna. As peças utilizam tecidos maleáveis e trazem detalhes inusitados, que os diferenciam dos hijabs tradicionais.
"Já passou da hora de as pessoas entenderem que o hijab não é um símbolo de opressão contra a mulher muçulmana, mas uma escolha que ela faz", diz Fatima Rafiy.
A estilista belga acredita que o hijab (que cobre parcialmente o rosto) é um acessório que pode ser usado não apenas por jovens muçulmanas como também por não-islâmicas. Para provar isso, ela criou, juntamente com a sócia Inge Rombouts, a grife NoorD'Izar.
Na coleção de Rafiy, as cores sóbrias dão lugar a tons de roxo, verde e prata. Um modelo indicado para a prática de esportes é feito de tecido mais maleável, de fibras sintéticas como elastano e viscose stretch.
Outros hijabs trazem detalhes inusitados como pele falsa de animal e espaço para encaixar os óculos (tarefa mais complicada nos véus tradicionais).
"Com as minhas criações quero dar às muçulmanas algo novo, contemporâneo, que elas possam usar com orgulho", diz a estilista.
A ideia deu certo. E os hijabs criados por elas extrapolaram a comunidade muçulmana e começaram a fazer sucesso entre não-islâmicas.
O reconhecimento começou na própria Bélgica assim que lançaram a coleção, em abril de 2009. Em seguida, vieram elogios e encomendas de outros países, principalmente depois que elas apresentaram as peças na Semana de Moda de Paris, neste ano.
Segundo Rafiy, sua coleção tem apelo para o público não-muçulmano.
"Acho que elas (não-muçulmanas) gostam porque são peças diferentes de tudo. Alguns modelos, como o Jazz e o Jady, podem ser um ótimo acessório para não-muçulmanas que querem acrescentar algo ao visual", diz Rafiy. Para a estilista, a nova coleção, que será lançada em dezembro, faria sucesso no Brasil.
"São hijabs coloridos e divertidos, que combinariam perfeitamente com a personalidade dinâmica das brasileiras."
Fotos: Divulgação
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