Você que está lendo o Degradê da Moda agora, certamente, já fez ou vai fazer alguma compra virtual, seja de qualquer produto e não somente artigos de moda.
Esse tipo de comércio já é muito popular no Brasil e vem crescendo a cada clique de um internauta na rede. Já mostrou que é uma transação segura e cômoda, embora ainda apresente problemas.
Pensando nisso, resolvi postar aqui uma matéria da Agência USP de Notícias, a respeito do comércio eletrônico, para você estar bem informado na hora de optar por esta modalidade de compra. Segundo a matéria, preço e facilidade são os principais atrativos na hora de usar a rede mundial de computadores para adquirir bens de consumo.
Preço e facilidade de acesso pesam mais nas compras online
Por Paulo Roberto Andrade
O preço é fator predominante na hora de se decidir pela compra de produtos pela internet, de acordo com uma pesquisa da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. O estudo de mestrado do publicitário e professor de marketing, Renato Cortopassi Pelissaro, analisou o comportamento de consumidores de lojas virtuais com o objetivo de identificar os principais elementos que motivam ou inibem a compra online, além de traçar um perfil desses compradores.
O estudo também buscou traçar perfil dos compradores via internet. Após um ano de revisão da literatura existente sobre o assunto, Pelissaro realizou uma pesquisa quantitativa, com aplicação de um questionário, que envolveu uma amostra de 238 pessoas, todas usuárias de internet. Ele dividiu os entrevistados entre os que já haviam realizado compras pela internet e aqueles que nunca haviam comprado nada, sem distinção do que eles compravam especificamente.
O estudo analisou seis fatores determinantes sobre a decisão do meio de compra: facilidade de acesso; preço; informação sobre o produto; segurança; socialização e afetividade; e conveniência.
O fator predominante constatado foi o preço, com 31,9% da importância sobre a compra online. Em seguida vieram a facilidade de acesso, com 22,5%, informações sobre o produto, com 14,3% e segurança, com 12,6%. A socialização e afetividade e a conveniência foram os menos significativos, com 11,5% e 7,3% respectivamente.
Em comparação com as lojas físicas convencionais, a facilidade de acesso e a conveniência (como poder comprar a qualquer hora do dia ou da noite) são amplamente favoráveis à internet. Capacidade de encontrar preços mais baixos, e disponibilidade de informações sobre o produto também apresentam favorecimento ao meio digital, mas com menor intensidade. E apenas dois itens: o grupo socialização e afetividade, e segurança, são mais favoráveis à decisão pela compra nas lojas físicas.
O questionário revelou também um perfil dos consumidores online. “Os resultados obtidos já eram mais ou menos esperados. Há uma predominância de pessoas mais jovens, mas com escolaridade e renda bem mais elevadas do que entre as pessoas que nunca realizaram uma compra pela internet”, conta o pesquisador.
A partir do cruzamento dos dados entre satisfação e intenção de compra pela internet, Pelissaro verificou que, quando um consumidor realiza uma compra online bem sucedida, há um aumento da confiança mais do que proporcional em continuar comprando pelo meio, ou seja, o consumidor se sente muito mais confiante para continuar consumindo produtos pelas lojas virtuais.
“Outra relação importante é entre a quantidade de horas que o usuário passa na internet, e a quantidade de compras que ele realiza. Há uma forte relação entre os dois fatores, completa Pelissaro.”
Segundo Pelissaro, a surpresa da pesquisa foi o fator segurança, que ficou como a quarta prioridade na decisão do meio de compra. “Em pesquisas anteriores, esse quesito tinha um peso muito maior. Hoje, as pessoas aceitam abrir mão de parte da sensação de segurança para priorizar outros quesitos, como preço, facilidade de acesso e informações sobre o produto. Essa é uma grande mudança em relação ao passado”, explica.
Apesar de diminuir a importância na decisão do meio de compra, a sensação de insegurança de uma compra online continua alta. Os consumidores se sentem inseguros mais ou menos na mesma intensidade que no passado. “O fato de não pesar tanto na decisão do meio de compra, não faz da internet, na visão dos usuários, um meio seguro para as compras. Os dados mostram que os consumidores ainda acham muito mais seguro comprar nas lojas físicas” analisa o pesquisador.
“Fazendo um balanço entre todos os quesitos avaliados, há um leve favorecimento para as compras pela internet. Lembrando que estamos falando de um público em que todos são usuários de internet”, finaliza.
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